Temos hoje uma exposição de Abílio Marcos que de Sintra nos traz estas 16 telas que, de comum, têm uma excelente conjugação de cores a justificar a denominação que o autor dá a esta exposição, “A Viagem das Cores”. Tal mestria já justificaria a nossa admiração. Todavia, também o trabalho de execução merece o nosso aplauso, dado o cuidado com que tais cores são conjugadas com a forma. No trabalho de Abílio Marcos advinham-se formas que nos transportam à visão de aglomerados urbanos, trechos da natureza, passagens para não importa o quê.
É uma pintura que não está fora da realidade nem deixa de ter que ver com o nosso quotidiano. Pelo que, também por isso, a obra do pintor justifica-se e justifica o nosso agrado por ter que ver connosco e com a realidade que nos circunda.
Não procuraremos no expressionismo americano, nem nos do manifesto-abstracto, nem mesmo em Kandinsky as raízes desta pintura. Abílio Marcos que andou pela América e pela Europa, lá terá as suas influências. Porém, o que aqui se vê é uma obra original que vai desde as técnicas do óleo sobre tela até à incorporação de outros materiais, tudo conjugado em jogos de cores e formas, que nos enchem o olhar.
O autor das tela, Abílio Marcos
Abílio Marcos explicando o significado de algumas obras
Kim Berlusa pede opinião a Abílio Marcos sobre as suas obras