quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Muito bem ! finalmente um trabalho com sublinhada qualidade.
Isto sim, é pintura e retoma o melhor que o geometrismo nos deixou como herança.
Estamos perante um trabalho de jogos de luzes e transposições que surrealiza a obra em si, com vestígios de modernismo de 1966 e fragmentos do pós-expressionismo geométrico de 1987.
A conclusão temática é muito agradável e não tem a necessidade de “jogar” com as linhas visíveis para delimitar as superfices.
Muito bem, Sr. Abílio Marcos, afaste-se das correntes pseudo-intelectuais dos “putos” com tiques de surrealistas com neuroses profundas e caminhe com exactidão por essa estrada do geometrismo aplicado.

Jorge de Brito
(Galerista e Crítico de Arte)

Abílio Marcos, pintor

Os críticos oficiosos têm dele dito coisas muito bonitas, eruditas e por vezes contraditórias: que é impressionista, abstracto lógico, pós-expressionista geométrico, utilizador de metodologia naturalista, sei lá que mais! Bem, se é esse o papel do crítico estou completamente fora da especialidade porquanto, sendo consumidor e apreciador de arte, tento interpretá-la e julgá-la através das sensações e emoções que a sua observação provoca. Quero dizer que o melhor critério para catalogar o artista se aproxima do dilema gostar, ou não gostar. Evidentemente, o conhecimento da história da arte e das influências visíveis numa determinada obra são importantes referências para avaliar da sua técnica e originalidade.

É altura de afirmar sem mais delongas que a pintura do Abílio é uma pintura de que se gosta…muito! Por variadíssimas razões. Primeiro, o ser humano na sua simplicidade e humildade perante a grandeza da obra criada. Segundo, o trabalhador da pedra com mãos rigorosas e ferramentas precisas que talham as formas convenientes, e são a sua escola de vida e de belas-artes. Terceiro, o viajante de outras geografias, EUA e França, onde os grandes espaços e mentalidades abertas lhe forjaram uma inspiração atípica do país onde nasceu. Abílio Marcos é o pintor das grandes estruturas urbanas, industriais, metafísicas e poéticas, estas últimas exclusivamente abstractas, assim mesmo, sem nada que as justifique ou a que devam comparar-se para se tornarem compreensíveis. Belíssimos gritos no mistério da vida!

As estruturas são sempre projectadas na vertical, ou na horizontal. No primeiro caso vemos as imagens com o olhar tridimensional divagando no visível. No segundo caso vemos os mapas e radiografias de imagens irreconhecíveis pela distância a que se vêem. Não é que o Abílio Marcos se deixe fascinar pelo absurdo abstracto da criação inconsciente, ou subconsciente. Nitidamente, ele prefere as grandes estruturas do conforto ocidental. Os arranha-céus, as redes viárias sobrepostas, os efeitos de luz, o branco ou negro em fundo frequente como se a obra fosse gerada do nada, ou da noite.

Surpreende ainda na obra do Abílio a paleta da cor. Utiliza o espectro luminoso em toda a sua amplitude e tonalidades, do neutro inefável ao forte provocador com um denominador comum de harmonia e mestria. Atrevo-me a dizer que o Abílio Marcos, detentor de excelente técnica, aliás apoiada por uma invulgar inspiração de longo curso que vai do quase naturalismo ao pleno simbolismo abstracto e poético, corre muito bem o risco de vir a ser considerado um dos maiores pintores portugueses da actualidade.

Armando Taborda ( Escritor, poeta )
Lisboa, 2007 Março 10

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

7. Um raio de luz


Um raio de luz
óleo s/ tela
90 x 90 cm
1.200 €

6. s/ titulo


s/ titulo
óleo s/ tela
90 x 90 cm
1.200 €

5. s/ titulo


s/ titulo
óleo s/ tela
80 x 80 cm
900 €

4. s/ titulo


s/ titulo
óleo s/ tela
80 x 80 cm
800 €

3. Desequilíbrios II



Desequilíbrios II
óleo s/ tela
108 x 38 cm
84 x 36
500 €

2. Circulo #1


Circulo #1
óleo s/ tela
80 x 80 cm
900 €

1. S/ titulo



S/ titulo
T. mista s/ tela
109 x 63 cm
1000 €